I Especial Primeiro de Maio:

Anarquismo no Século XXI

Quem diria? Sobrevivemos, essa é a primeira palavra de ordem do anarquismo contemporâneo. Caiu o muro de Berlim, antes mesmo de muitos de nós nascermos, e ficou a poeira no ar, aquela sensação de: agora é nossa vez.

Vem crise, vai crise, e sobrevivemos, o Capitalismo oscila e nós sobrevivemos e sobreviveremos, assim, devagar mas com força, como a maré, somos cada vez mais e mais 'um', 'um' exército de homens sós.

Esta nova geração anarquista é curiosa por seu radicalismo estudado e práticas a primeira vista diplomáticas. Não é por menos que sobrevivemos. Lutamos menos talvez, morremos menos, vivemos mais e com menos rebeldia de fato, de fato não temos o calor e a ousadia de nossos ancestrais, mas temos a coragem de dar um passo atrás para buscar a sociedade, estendemos a mão à humanidade, nos metemos na merda do Capital para ajudar nossos irmãos a cavar o túnel para fora, e enquanto eles estão cegos, no meio dos excrementos, nós estamos lá, oferecendo a cura, sobrevivendo.

Somos pérolas, aos porcos.
Para tentar salvar o chiqueiro.
Pérolas mágicas: pílulas vermelhas e azuis.